Minha lista de blogs

domingo, 12 de julho de 2015

PARÁBOLA DO TALMUD SOBRE A DEMOCRACIA

Embora não pratique nenhuma religião, costumo estudar todas aquelas que procuram transmitir bons ensinamentos com princípios voltados para o bem da humanidade, do amor ao próximo, à natureza e aos animais.
Foi nos meus estudos sobre o Talmud que me deparei com uma interessante fábula sobre a democracia. Ela é bem elucidativa para o momento do Brasil que está mergulhado na corrupção política que desemprega e agrava a fome dos menos favorecidos. 
Nicéas Romeo Zanchett 
.
PARÁBOLA CONTRA A DEMOCRACIA. 
                    Conta-se no Talmud que um velho e sábio rabino chamado Josué afirmava que enquanto as baixas camadas se submeterem à direção das altas camadas da sociedade tudo irá bem. As últimas decretam, e Deus confirma. Dessa forma resulta a prosperidade do Estado. Mas quando as altas camadas, por motivos corruptos ou falta de firmeza, se submetem, ou são influenciadas pelas opiniões das camadas sociais com pouco conhecimento administrativo, é certo caírem juntas; e a destruição do Estado será inevitável. Para ilustrar seu pensamento relatou a fábula da cauda e da cabeça da serpente. 
                    Por muito tempo, a cauda da serpente tinha seguido a cabeça, e tudo estava bem. Um dia começou a estar descontente com este arranjo da natureza, e dirigindo-se nestes termos à cabeça: 
                    - Há muito tempo que observo com indignação o teu injusto procedimento. Em todas as nossas viagens, és tu que tomas a dianteira, enquanto eu, como um criado servil, sou obrigado a seguir-te. És sempre a primeira a aparecer em toda a parte e eu, como um miserável escravo, tenho que andar atrás.  Isto é justo? Não sou eu um membro do mesmo corpo? Porque não poderei dirigi-lo tão bem como tu? 
                    - Tu, exclamou a cabeça, tu, rabo imbecil queres dirigir o corpo? Não tens olhos para ver o perigo, nem ouvidos para te avisarem dele, nem cérebro para o evitar. Não entendes que é para tua vantagem que eu dirijo e o guio pelo melhor caminho? 
                   -  Para minha vantagem, não é verdade, disse a cauda. Essa é a mesma linguagem de todos os usurpadores. Pretendem reger para o bem dos seus escravos; mas não me submeterei mais tempo a semelhante estado de coisas. Insisto que a partir de agora devo tomar a dianteira.  
                   - Pois bem, replicou a cabeça, já que se diz tão competente, que assim seja; mas depois não diga que não o avisei dos perigos. Portanto a partir de agora guia tu e veremos.
                   A cauda regozijou-se e tomou a dianteira. A primeira façanha foi arrastar o corpo para uma fossa de lodo. A situação não era das mais agradáveis. A cauda lutou muito andando sem rumo apalpando os obstáculos que não conseguia ver. Com grande esforço conseguiu sair da lama; mas o corpo estava tão coberto de imundice que nem parecia pertencer à mesma criatura. A façanha seguinte foi enroscar-se sobre cipós e espinhos selvagens. A dor foi intensa; o corpo inteiro ficou ferido gravemente. Aqui teria sido o fim de tudo se a cabeça não tivesse vindo a seu reboque; mostrou-lhe então a melhor maneira de sair daquela situação e assim foram salvos. Mas a cauda não se conformou com seus próprios erros e insistiu em continuar administrando a  dianteira. Continuou a marchar; e quis o acaso que entrasse numa fornalha acessa à mais de mil graus. Em questão de segundos começou a sentir os efeitos do calor que ameaçava destruí-lo em poucos minutos. O corpo inteiro ficou congestionado; foi um lance terrível. Mais uma vez a cabeça veio em seu auxilio na tentativa de salvar a todos. Mas já era bastante tarde e a cauda havia sido consumida pelo fogo. Apesar dos esforços da cabeça, o fogo continuava implacável destruindo rapidamente o resto do corpo. Portanto a cabeça também foi destruída.
.
MORAL DA HISTÓRIA : A destruição da própria cabeça foi permitir ser guiada pela cauda. Esse será seguramente o destino das altas camadas se se permitirem serem dominadas pela vontade de políticos inexperientes e populistas. 
NOTA FINAL: O Brasil está vivenciando essa mesma situação por ter entregue seu destino nas mãos de políticos corruptos, populistas, desonestos e incompetentes. 
Nicéas Romeo Zanchett 
.