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segunda-feira, 15 de julho de 2013

MARIO E LUÍZA VÃO AO MOINHO - Romeo Zanchett



MÁRIO DE LUÍZA VÃO AO MOINHO 
Por Nicéas Romeo Zanchett 


               Esta é uma história tão antiga que se perde na noite do tempo. 
               Havia uma família de sete irmãos que morava no sul do Brasil. Lá o inverno é muito rigoroso e intenso; e os filhos ajudam os pais nas tarefas do dia-a-dia. 
               
                Numa certa manhã, quando a geada cobria os campos e o sol ainda não havia acordado, dois irmãos tiveram a incumbência de ir ao moinho. Por determinação dos pais, eles deveriam levar, cada um, alguns quilos de milho para moer e retornar logo para casa. 
                A distância era bastante longa e era preciso ir bem agasalhado para não pegar um forte resfriado. O caminho era lindo e distraia as atenções dos irmãozinhos. 
                 Os dois tremiam de frio, mas como as sacolas não eram lá muito leves, e ambos caminhavam depressa, o exercício ajudava-os a aquecer o corpo.  Como ainda era bem cedo, havia muita geada no caminho e era preciso tomar cuidado para não escorregar. 
                  Depois de algum tempo chegaram ao moinho, e ali havia muitos passarinhos que moravam nas florestas próximas; pareciam procurar alguma coisa para comer. Como nada encontravam, piavam de frio e fome. 
                   Ao verem Luíza com o saco de milho, olharam-na com certa tristeza; como se tivessem pedindo ajuda. Luíza não se conteve de dó e resolveu ajudá-los. 
                   - Coitadinhos, Mário! Estou com vontade de jogar um pouco desse milho para eles. E sem dizer mais nada, atirou vários punhados de grãos, que logo foram recebidos com gratidão. 

                   - O que você está fazendo, Luíza? disse Mário. E como ficará a farinha de nossa família? Vai voltar para casa sem nada e mamãe não vai gostar do que você fez. 
                   Mas Luíza estava feliz e satisfeita vendo aqueles passarinhos famintos se fartando com seus grãos. Eles pulavam alegremente, pipilando e comendo as sementes com voracidade. 
                   Muito feliz por ter praticado o bem, Luíza entregou o restante de seus grãos ao moleiro, já conformada com a ideia de que levaria pouca farinha para casa. Mas nem se preocupava com o castigo que poderia receber pelo que fizera. 
                   Mas quando o moleiro voltou com os sacos de farinha para lhes entregar, qual não foi a surpresa que tiveram; o saco de Luíza estava bem mais cheio que o de Mário. 
                   Vendo o espanto dos dois irmãos, o moleiro explicou: 
                    Não fiquem pensando que me enganei! Está tudo muito certo: o saquinho mais leve, mais vazio, é do Mário..., e continuou, não poderia deixar de premiar, com uma porção extra de farinha, esta boa menina que socorreu os passarinhos famintos. Pus no saquinho que ela levará, não um nem dois, mas dez  bons punhados a mais da minha farinha. Sabem o que aconteceu comigo ao ver a boa ação desta  menina? O bom Deus tocou meu coração e então decidi compensar o sacrifício de Luíza; e tem mais, a partir de hoje eu mesmo irei alimentar, durante todo o inverno, esses pobres passarinhos que aqui vem pedir comida. 
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Nicéas Romeo Zanchett 
Como São Francisco de Assis, que se compadecia e protegia os animais, também precisamos ter compaixão e ajudá-los. Eles são nossos irmãos menores que fazem a alegria de toda a natureza criada por Deus Universal. 
Estamos vivendo numa época em que os homens, por ganância, destroem todas as florestas que encontram; elas são a morada dos animais e precisam ser protegidas.
Nicéas Romeo Zanchett 
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